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quinta-feira, 4 de abril de 2013

CIENTISTAS TENTAM DESVENDAR MISTÉRIO DO HOMEM DE PILTDOWN APÓS 100 ANOS


Há um século tinha início uma das maiores farsas da ciência: o "homem de Piltsdown", descoberto em 1912 e anunciado como o fóssil de hominídeo, com revelações sobre a evolução humana. A descoberta em Piltdown, no Reino Unido, foi chamada de Eoanthropus dawsoni e anunciada pelo paleontólogo britânico Arthur Smith Woodward, do Museu de História Natural em Londres, e pelo colecionador de antiguidades Charles Dawson.

O homem de Piltsdown tinha a mandíbula parecida com a de um primata, com dois molares, e um crânio parecido com o de um humano. Este achado teve grande impacto na época e acabou ofuscando outras descobertas importantes daquele momento como a do Australopithecus africanus, na década de 20.

Contudo, pouco mais de 40 anos depois, a descoberta foi desmascarada em 1953, quando os cientistas do museu e da Universidade de Oxford revelaram que o “homem de Piltdown” era falso. Análises apontaram uma erosão artificial no dente e a coloração de ossos e dentes em comparação a outros fósseis. Além disso, pesquisadores afirmaram que a mandíbula não poderia ter mais de 50 mil anos. Suspeita-se que a mandíbula e o canino eram de um orangotango e foram colocadas junto ao crânio de um humano moderno.
Agora, uma equipe de 15 pesquisadores do Museu de História Natural em Londres voltou a analisar as ossadas com a ajuda de técnicas avançadas para desmascarar a trama. A principal pergunta é: quem teria montado este fóssil? Novos exames como datação de carbono e informações do DNA serão realizados na tentativa de desvendar de uma vez por todas este mistério.

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